domingo, 20 de janeiro de 2013

Tecnologia traz proteção estendida aos veículos


Violência faz indústria contra roubos focar em novidades que trazem maior segurança para os donos de carros
Fotos: Theo Marques
Sistema de travas é eletrônico e, ao ser acionado com uma chave, atua diretamente no sistema de freio
Mercado de equipamentos de segurança precisou inovar e lançar novidades cada vez mais inteligentes
No tempo dos nossos avós, trancar o carro estacionado na rua era o suficiente para garantir a segurança. Os anos passaram e a violência forçou a criação de outros sistemas. Atualmente, o alerta sonoro, que avisa todo mundo que algo de errado está acontecendo, não consegue mais conter a ação dos bandidos. Pressionado, o mercado de equipamentos de segurança precisou inovar e lançar novidades cada vez mais inteligentes para trazer tranquilidade aos proprietários de veículos. 

Entre as opções mais baratas está a instalação de botões que bloqueiam a bomba de combustível, interrompendo o funcionamento. O ponto, do tamanho de um botão de camisa, fica escondido dentro do carro, num local que só o motorista conhece. Quando a porta é aberta, o sistema começa a contar e, se o interruptor não for acionado, faz com que o carro pare em menos de dois minutos. Simples e práticos, saem por R$ 59, mais o preço de instalação. 

Ícones das décadas de 80 e 90, as famosas travas ainda fazem sucesso. Naquela época, era comum ver diversos carros com uma barra de ferro que prendia o volante e o freio do veículo, como se fosse um grande cadeado. Hoje ela está bem diferente, compacta e moderna, entretanto, com o mesmo objetivo: impedir o roubo do automóvel. O sistema agora é eletrônico e, ao ser acionado com uma chave, atua diretamente no sistema de freio, bloqueando as duas rodas e interrompendo o computador de partida. Na sequência, o motor de partida não funciona. Instalada, a trava Carneiro fica em torno de R$ 679. 

Mais completos e por cerca de R$ 860 já instalados, os chamados antifurtos unem bloqueadores com rastreadores e são uma alternativa para quem quer ficar de olho no carro sem precisar pagar o serviço mensal de uma empresa de segurança especializada. Com um chip de celular e GPS incluídos, o sistema envia mensagem de texto para seu telefone quando o alarme dispara. Também com uma SMS, enviada para o veículo, dá para bloquear o motor e pedir as coordenadas, descobrindo para onde ele foi levado naquele instante. 

"Se seu telefone tem acesso à internet, você pode receber um link com a localização do carro e checar na hora", explica o consultor de vendas da Furuta Car Áudio, André Santos. 

Outra funcionalidade é a opção de criar a "cerca eletrônica", uma área de cobertura dentro de um raio determinado. Se o carro ultrapassá-la, é bloqueado. "Você pode deixar o carro em um estacionamento ou lava-rápido e, se tentarem sair de lá, é possível programar a interrupção do motor se superar 200 metros do local, por exemplo", revela Santos, que tem conferido de perto o aumento na procura pelos equipamentos. "Hoje em dia o alarme, sozinho, não resolve mais. Ele protege contra arrombamentos, mas numa situação de roubo ele é ineficiente. Por isso a procura por outros sistemas tem crescido bastante", analisa o consultor de vendas. 

Há também alguns alarmes que contam com opções que "travam" o veículo. "Tem modelos que você fica com um controle remoto no bolso e, quando se afasta do carro, o sensor percebe a ausência e bloqueia o motor", explica o vendedor Darci Berti, da Stop Car. 

Alarmes que funcionam mesmo se o cabo da bateria for cortado também são mais indicados. "Tem carros que são fáceis de serem arrombados após a interrupção da bateria, por isso os clientes procuram alarmes que funcionam independente dela", revela Berti. Vários sensores espalhados pelo carro, como em todas as portas, capô e no porta-malas – impedindo o roubo do estepe, são outras saídas procuradas. "Hoje o alarme é uma proteção para o veículo parado. Mas se o proprietário quer segurança total, os antifurtos são mais indicados", finaliza Berti.
Marcos Martins
Especial para a FOLHA