Engenheiros paranaenses, capitaneados pelo Crea, desenham uma campanha contra a renovação das concessões das rodovias federais às atuais empresas. Eles querem levar o povo às ruas, a exemplo das memoráveis manifestações de 2001 contra a privatização da Copel (Companhia Paranaense de Energia).
A entidade tem em mãos estudos técnicos que nos próximos dias vão à mesa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Os levantamentos provam que o pedágio caro prejudicou o setor produtivo e diminuiu a competitividade do estado em comparação às demais Unidades da Federação.
Em 1997, ainda na gestão FHC, o governo federal delegou ao Paraná 1.691,6 km de rodovias que deveriam ser mantidas pelo governo estadual em troca de cobrança módica de pedágio junto aos usuários. No entanto, os paranaenses assistiram nesses últimos 15 anos a cenas de “roubágio” à luz do dia.
A engenharia e os usuários (inclusive eu, você, nós) têm razão de levantar-se contra esse perverso modelo. A concessão das rodovias com o “velho pedágio” cobra para descer a BR-227, de Curitiba rumo às praias ou ao Porto de Paranaguá, valores que variam de R$ 7,30 para moto, a R$ 73,80 para caminhão com reboque e R$ 14,60 para automóveis.
É bom frisar que o “novo pedágio” na BR 101 e BR 376, de Curitiba rumo às praias de Santa Catarina, modelo concebido no governo Lula, custa R$ 1,50 por automóvel.
Volto à vaca fria, à campanha do Crea pela não renovação das concessões. O contrato do de delegação das rodovias federais ao governo do Paraná vence apenas em 2021, mas as empresas concessionárias quererem antecipar a renovação.
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