Acho bastante lamentável vir em uma rede social para expor o que
colocarei logo a seguir.
Busco ser discreta nas minhas atitudes, pois acho que me preservar e
preservar as pessoas é nossa obrigação moral.
Infelizmente, tem situações que se permanecermos calados, cada vez
ficarão piores.
Sendo assim, vamos lá...
Moro em uma cidade muito pequena, com cerca de 4 mil habitantes. Como em
toda cidadezinha, aqui ha coisas que conseguimos com mais facilidade,
outras com menos... isso é normal talvez em todos os lugares.
Aqui, em Santa Cecília do Pavão, (nome da minha cidade), que fica no
norte do Estado do Paraná, a prefeitura mudou de mão a administração
nas últimas eleições.
Até aí, tudo certo... o povo escolhe o que acha que será melhor e pode
errar, acertar...
Na gestão anterior, no que diz respeito a saúde, tudo, na minha opinião,
fluía super a contento.
Nossa cidade não possui hospital; temos um centro de saúde onde existem
alguns profissionais atendendo, mas quando precisamos de alguma
assistência especializada, recorremos a hospitais das cidades maiores
vizinhas.
Para chegarmos ao local onde seremos atendidos, a secretaria de saúde
daqui envia carros ou ambulâncias para o deslocamento. Isso é um direito
nosso, sabemos disso.
Hoje eu tinha médico fora da cidade; fiz os procedimentos necessários
para garantir meu deslocamento até lá: liguei ontem no centro de saúde,
agendei com a funcionária o transporte para hoje e ficou tudo certo.
Nessa tarde, me encaminhei ao centro de saúde; lá chegando, o motorista,
com toda boa vontade, chegou, entrei no carro juntamente com uma tia que
estava me acompanhando e estávamos já de saída quando o atual secretário
de saúde ligou para o condutor do carro, perguntou onde ele estava, o
motorista respondeu que iria levar uma paciente até Assaí, (nome da
cidade onde eu tinha consulta). O secretário perguntou também quem era a
paciente, se a mesma havia agendado o transporte...? mesmo com a resposta
positiva do motorista, o secretário deu a seguinte ordem: eu teria que
sair do carro, esperar sabe-se lá quanto tempo um outro motorista
aparecer no centro de saúde porque quem iria me levar, já tinha outra
tarefa a fazer que era levar um outro pessoal para Londrina, que é uma
cidade também próxima.
Minha indignação foi tamanha porque: eu havia agendado, tinha hora
marcada e já estava atrasada. Tive que sair do carro para esperar 5, 10,
30 minutos, ou uma hora... vai saber... sendo que faltavam 15 minutos para minha
consulta apenas.
No fim das contas, acabei conseguindo uma carona; cheguei 15 minutos
atrasada mas deu tudo certo.
Se eu não tivesse encontrado essa carona, poderia até ter conseguido
me consultar, mas teria que pagar, ou melhor: esperar pra ver.
Injusto demais já estar tudo certo para minha ida, o motorista a postos,
e o secretário dar uma ordem dessas. Se havia outro motorista que iria
me levar depois, poderia perfeitamente ter feito o transporte do outro
pessoal que precisava se deslocar até Londrina.
Por que eu, Magda, tinha que esperar e outras pessoas não...???
Não sei qual o critério o novo secretário de saúde tem usado para
decidir quem vai e quem fica.
Saúde é coisa séria; quando marcamos uma hora no médico, não podemos nos
dar ao luxo de chegarmos a hora que quisermos.
Quando era o outro prefeito, nunca ficamos na mão nesse sentido. A saúde
sempre foi uma das prioridades daquela administração.
Agora que a prefeitura mudou de mãos, não sei o que será do povo, que
não tem recursos próprios para certas situações.
Começou muito mal Senhor prefeito.
Escrevo aqui com o objetivo de desabafar, e também de fazer com que as
pessoas saibam em que pé as coisas estão andando por enquanto.
Me cabe ter esperanças que a realidade mude e que num futuro próximo,
tenhamos a cidade funcionando, em suas prioridades, de forma que todos
tenham tratamento igual.
Deixo claro que tanto o motorista que iria me levar, quanto a
funcionária do centro de saúde que faz os agendamentos, tiveram uma
super boa vontade e no que dependesse deles, nada disso teria
acontecido.
E para o secretário de saúde atual: só digo que ele deve rever sua forma
de conduzir as situações que exijam seriedade como a saúde humana. Que
nenhum cargo é eterno e que se ele está lá hoje, pode muito bem não
estar amanhã.
É isso...
matéria https://www.facebook.com/magda.santos.